sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Grafeno


              Um componente que em breve írá surgir nos computadores é o grafeno (material encontrado na grafite e em outros compostos de carbono). Essa tecnologia poderá ser adotada nos micros, porque o silício está chegando a seus limites de velocidades. Se olharmos a nanotecnologia de fabricação dos recentes microprocessadores, podemos observar que os principais fabricantes estão próximos dos 20 nm (nanômetros).

             Esse componente é verdadeiramente uma tecnologia, pois com sua adoção nos microprocessadores não será possível manter as mesmas arquiteturas que existem atualmente (a base de silício). E o lançamento de computadores à base de grafeno não está longe. Alguns fabricantes já criaram protótipos para produção em larga escala.
             Recentemente, empresas de semicondutores estiveram realizando testes a fim de substituir o silício pelo grafeno devido à sua altíssima eficiência em comparação ao silício. Em teoria, um processador, ou até mesmo um circuito integrado, poderia chegar a mais de 500 GHz. O silício, por sua vez, trabalha abaixo de 5 GHz. O uso de grafeno proporcionaria equipamentos cada vez mais compactos, rápidos e eficientes.
             Esse ano, por exemplo,  a IBM apresentou novidades. A empresa mostrou o primeiro C.I. (circuito integrado) com tecnologia de grafeno. Ainda em testes nos laboratórios, os cientistas conseguiram fazer o grafeno agregar nos componentes de silício. O circuito rudimentar da IBM consistiu apenas de um transistor de grafeno e dois indutores. A frequência desse dispositivo é de 10 GHz, um valor que supera em muito os atuais circuitos baseados apenas no silício.

             Apesar da novidade, o grafeno já tem alguns concorrentes, como: o siliceno e o molibdenite. Esses outros componentes têm possíveis aplicações, mas nenhum demonstrou as mesmas peformances já conhecidas do grafeno, como o funcionamento em frequências de até 300 GHz e o resfriamento automático. Assim, a aposta na tecnologia de grafeno ainda é alta e pode ser que ele apareça nas próximas décadas.

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