quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

TV philips LCD 32PFL3403


Aparelho/modelo: Televisor LCD 32PFL3403
Marca: Philips
Defeito: Imagem cintilante (piscando)
Autor: Alexandre José Nário
Relato:
          A internet tornou-se uma ferramenta indispensável nas oficinas de manutenção de aparelho eletro-eletrônicos e faz com que os consertos fiquem cada vez mais rápidos e eficientes, graças ao fácil acesso de esquemas elétricos, manuais de serviços, datasheets, databooks, fóruns de discussões, dicas, macetes técnicos etc.
          Quando ao defeito, a imagem do aparelho estava piscando (cintilando) e o som era normal. Depois de uma rápida pesquisa na internet em busca de maiores informações sobre o televisor e o defeito encontrei em alguns fóruns técnicos a seguinte dica: testar o capacitor eletrolítico C302 (220nF). Ao fazer o teste no mesmo (fora do circuito) encontrei-o com fugas elevadas. fiz  a sua troca e o aparelho voltou a funcionar normalmente.

                                              Capacitor C302 com fugas elevadas.

Televisor Philips 29PT4643


Aparelho/modelo: TV em cores 29PT4643
Marca: Philips
Defeito: Imagem apenas na parte superior da tela
Autor: Alexandre José Nário
Relato:
          De início notei, ao ligar o aparelho, que a imagem estava fechada na parte inferior da tela. Defeito característico do estágio vertical. Abri o aparelho e comecei a testar os principais componentes do setor vertical, principalmente os mais críticos e os que circulam correntes mais elevadas. Tudo estava normal. De posse do diagrama esquemático e do manual de serviço do televisor, estudei com mais detalhes o tipo de configuração e o modo de funcionamento deste estágio vertical. Depois de algumas análises resolvi substituir o diodo SMD D6457 (BA6316), embora fora do circuito o mesmo não apresentou problemas. Feita a sua substituição e, ao ligar o aparelho, a imagem voltou a preencher toda a tela e o funcionamento do aparelho foi normalizado.
Clique na imagem para obter uma melhor visualizalção.

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

O Azbox (TV por assinatura sem mensalidades)


               A possibilidade de  acessar a todos os canais da TV paga (incluindo as opções em pay-per-view), sem precisar pagar assinatura mensal parece impossível. Graças a um novo aparelho, chamado Azbox,  que está sendo comercializado no Brasil, ter acesso a todo esse tipo de conteúdo já é uma realidade para muitos usuários.
               O AZBox é um decodificador que, ligado a uma antena ou cabo de empresas como Net, Sky e Telefônica, quebra os códigos de proteção e permite a exibição de todos os canais da operadora de graça.
               O produto não é homologado pela Anatel e, por isso, a venda dele no país é ilegal. Contudo, em diversos sites, é possível encontrar o aparelho com entrega no território nacional. Além disso, via contrabando, o AZBox chega a diversas lojas brasileiras.
               O aparelho é ligado ao cabo ou à antena da TV e decodifica os sinais das operadoras. Para ter acesso ao sinal, o proprietário geralmente faz uma assinatura do plano mais básico. Com o sinal disponível, o código de segurança é quebrado, liberando o acesso a todos os demais canais bloqueados.
               Os usuários que comprarem o produto podem responder por crimes de violação de direito autoral e crime de receptação de mercadoria ilegal, sob pena de prisão pelo período de um mês a um ano. Já quem vende pode ser indiciado também pelo crime de contrabando.

Conversores Set-top box



             Set-top box (STB) ou power box é um equipamento (Conversor) que se conecta a um televisor e a uma fonte externa de sinal, e transforma este sinal em conteúdo no formato que possa ser apresentado em uma tela.
            A fonte deste sinal pode ser um cabo ethernet, uma antena de satélite, um cabo coaxial, uma linha telefônica (incluindo conexões DSL), ou até mesmo uma conexão de uma antena VHF ou UHF. O conteúdo pode abranger vídeo, áudio, páginas da Internet, interatividade e jogos, entre outros.
            Um Set-top box digital se faz necessário para a recepção de transmissões de TV Digital uma vez que os televisores atuais não possuem ainda um sintonizador específico para esta recepção.
           O Set-top box é também reconhecido no mercado pelo nome de IRD (veja integrated receiver/decoder). Em redes IPTV, o set-top box é nada mais que um pequeno computador que provê comunicação de via dupla (ida e volta) em uma rede IP, e decodifica a mídia de vídeo e áudio transmitida. O gravador de vídeo digital trata-se de um aparelho de vídeo que permite aos usuários capturar a programação televisiva para armazenamento em disco rígido (HD), para visualização posterior. Alguns Set-top boxes possuem esta funcionalidade já integrada.

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Tecnologia Digital


                    Tecnologia Digital são circuitos e equipamentos eletrônicos que baseiam o seu funcionamento na lógica binária, em que toda a informação é guardada e processada sob a forma de zero (0) e um (1). Esta representação é conseguida usando dois níveis discretos de tensão elétrica. Estes dois níveis são frequentemente representados por L e H (do inglês low - baixo - e high - alto -, respectivamente).
                   Os computadores, videogames, Leitores de DVD, tablets, câmeras fotográficas são alguns exemplos de aparelhos que baseiam a totalidade, ou parte, do seu funcionamento em circuitos digitais. Digital não é sinônimo de eletrônico: por exemplo, o computador eletrônico pode ser chamado de digital porque trabalha com o sistema binário, que é simbolizado por uma sequência finita de zeros e uns, qualquer que seja o tipo de dados.
                    Podemos dividir os circuitos digitais em duas categorias básicas: os estáticos (as portas lógicas) e os dinâmicos (os multivibradores). A partir destes circuitos são construídos praticamente todos os outros.

domingo, 18 de dezembro de 2011

Opinião: o capacímetro, na prática, não serve para nada.


          Capacímetro

                  Capacímetro é um instrumento utilizado em eletrônica para medir a capacitância dos capacitores. A medição pode ser feita em capacitores comuns (cerâmicos, poliesters etc) e eletrolíticos. Mas nos dias atuais, devido ao número cada vez maior de circuitos críticos nos mais variados tipos de aparelhos, ocasionados geralmente pela necessidade de tais circuitos operarem em frequências elevadas (as fontes chaveadas são exemplos clássicos), um capacímetro qualquer não consegue detectar com eficiência o real estado de um capacitor.
                 O problema é que existem outros fenômenos e parâmetros nos capacitores que os capacímetros não conseguem detectar, dando a falsa impressão que o componente se encontra em perfeito estado e o técnico reparador ao fazer a troca do capacitor o aparelho voltar a funcionar normalmente.
                 Os dois principais parâmetros que afetam os capacitores e que os capacímetros não consegue medir são:

ESR- A ESR é a resistência em série que existe nos capacitores e se comporta como um resistor em série e altera o funcionamento do circuito, ocasionando as mais diversas falhas em um aparelho eletrônico.  A ESR não apresenta alterações físicas visíveis ao capacitor e pode ser detectada com a aferição com um equipamento especial importado: o medidor de ESR (no mercado brasileiro não existe equipamento que possa medir a ESR). A ESR é diretamente proporcional a tensão de trabalho (quanto mais alta for a tensão de trabalho do capacitor mais alta será sua ESR).  A elevação da ESR altera o desempenho de circuitos sintonizados, fontes chaveadas, circuitos de deflexão, circuitos amplificadores de vídeo etc .

Medidor de ESR importado
Absorção Dielética (A/D) - a absorção dielética é uma pequena carga residual que sempre existe no dielétrico dos capacitores. Dependendo do seu valor  poderá afetar de forma significativa o desempenho de alguns circuitos críticos como fontes chaveadas ou etapas nas quais os capacitores trabalham com frequências muito altas. 

Resumindo: quando o técnico reparador desconfiar de um capacitor e o mesmo estiver com o valor de sua capacitância correto e, mesmo assim, o defeito persistir, não pense duas vezes:  troque o capacitor mesmo sem testar, pois em se tratando de capacitores tudo pode acontecer.

Órgão eletrônico didático

         O material abaixo foi digitalizado do meu acervo pessoal e trata-se de um projeto inédito desenvolvido por mim no qual foi publicado numa antiga edição da revista Saber Eletrônica- Fora de série (janeiro/2000).

Clique na figura para obter uma melhor visualização.

Invenções eletrônicas legais de década de 80

Fonte: obuteco.com.br       

Invenções eletrônicas legais de década de 70

Fonte: obuteco.com.br              

Invenções eletrônicas legais de década de 60

Fonte: obuteco.com.br        

Televisor Gradiente TV-2021 sem som



Aparelho/modelo: Televisor em cores TV-2021
Marca: Gradiente
Defeito: Sem som
Autor: Alexandre José Nário
Relato:
           Diante do defeito apresentado no aparelho (totalmente mudo) parti para o estágio de saída de som e testei o alto falante e os principais componentes associados à saída de som. Estavam todos normais. O próximo passo foi verificar as tensões no integrado amplificador de áudio, mas os valores encontrados estavam dentro das tolerâncias indicadas no esquema elétrico. Com tudo em perfeito estado no circuito de saída de som, minhas atenções passaram para o principal integrado do televisor: o CI micronas. Ao verificar com o voltímetro a alimentação de 8 volts no pino 2 do micronas encontrei a falta da mesma. Com o aparelho desligado da rede elétrica e com o auxílio do ohmímetro testei os componentes ligados ao pino 2 do micronas e encontrei a bobina L11 (120uH) totalmente aberta. Ao fazer a sua troca, o valor correto da tensão apareceu e o aparelho voltou a reproduzir o som novamente.

sábado, 17 de dezembro de 2011

Discman XP-270 Aiwa

         
          O caso de reparação desse artigo trata-se de um aparelho de discman da marca Aiwa que estava inoperante. A materia foi publicada em uma antiga edição da revista Eletrônica Total - Fora de Série  do ano de 2002 (há quase 10 anos). O artigo contendo a prática de service abaixo foi extraido do meu acervo pessoal.

Clique na figura para obter uma melhor visualização.

Absorção dielétrica


                Quando um capacitor é descarregado rapidamente através de um curto-circuito entre seus terminais, a carga deveria ser nula após a descarga ou remoção do curto. Mas normalmente ainda permanece uma pequena carga residual devido à polarização do dielétrico. Isso pode afetar de forma significativa o desempenho de alguns circuitos críticos como fontes chaveadas ou etapas nas quais os capacitores trabalham com frequências muito altas. O fenômeno da eletrização residual de um dielétrico no capacitor ficou conhecido como absorção dielétrica  e foi estudado por diversos cientistas do século 19.

Gráfico ilustrando o comportamento teórico das correntes elétricas de absorção e reabsorção de um capacitor. 

                Na prática, a absorção dielétrica (A/D) irá ocasionar um retardo na transferência da carga armazenada e o tempo de atraso depende do tipo de dielétrico utilizado no capacitor. É obrigatório em circuitos críticos, manter o mesmo tipo de capacitor recomendado pelo fabricante, ou seja : cerâmicos, Poliéster, Tântalo etc. Não troque um capacitor cerâmico por um de poliester, por exemplo.  

              
                É importante saber que tanto o valor da capacitância quanto a ESR (resistência série equivalente)podem estar dentro de seus valores padrões, e a relação A / D (absorção dielética) fora das tolerâncias desejáveis para o componente e para o circuito. Portanto, quando o técnico reparador estiver com um capacitor dado como perfeito e, mesmo assim, o defeito persistir, eis mais uma dica:  troque o capacitor mesmo sem testar, pois em se tratando de capacitores tudo pode acontecer.

 

Humor: viva la resistance.

Humor: a mulher e a informática

Recurso Técnico #15

Dica simples para prolongar a vida útil da bico do sugador de solda.

Sugador de solda com o bico em destaque.
                                                                       

              Uma solução eficiente para aumentar a durabilidade do bico do sugador de solda consiste em aproveitar a chupeta de um flyback fora de uso e corta um pequeno canudinho do seu emborrachado e colocar sobre o bico do sugador. Os bicos dos sugadores geralmente são fabricados em material plástico no qual em pouco tempo apresentam desgastes devido ao seu contato direto com a solda em ponto de fusão.

 Canudinho retirado da chupeta de um flyback
 e que serve de protetor para o bico do sugador.
              Materiais feitos de borracha como as chupetas dos flybacks normalmente apresentam  ponto de fusão (derretimento) muito maior que  materiais confeccionados em plásticos. É uma solução simples e eficiente que, além de ser anti-chamas, ajuda a prolongar a vida útil do seu sugador de solda.


 O quadrado em destaque mostra a parte que será aproveitada
 para fazer o canudinho que irá proteger o bico do sugador.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

O SIDAC

 
         SIDAC
                   O SIDAC, ou diodo de silício para corrente alternada, é um componente da família dos tiristores. Também referido como um SYDAC (Silicon tiristor de Corrente Alternada), ou mais simplesmente um diodo tiristor bi-direcional, é tecnicamente especificado como um interruptor de tensão bilateral desencadeada. Seu funcionamento é semelhante ao do DIAC, mas SIDAC é sempre um dispositivo de cinco camadas com baixa queda de tensão no estado de condução fechada, mais parecida com uma tensão desencadeada TRIAC sem um portão. Em geral, SIDACs ter voltagens maiores e capacidades de manipulação de breakover corrente do que DIACs, para que possam ser utilizados diretamente para a mudança e não apenas para o desencadeamento de um outro dispositivo de comutação.

 
                 O funcionamento do SIDAC é funcionalmente semelhante ao de uma abertura de faísca . O SIDAC permanece não-condutor até que a tensão aplicada atende ou excede a sua tensão breakover nominal. Uma vez que entrar neste estado condutor atravessando a região de resistência negativa dinâmica, o SIDAC continua a conduta, independentemente da tensão, até que a corrente aplicada cai abaixo de sua classificação corrente de retenção. Neste ponto, os retornos SIDAC ao seu estado inicial não condutor para iniciar o ciclo novamente.

                 Pouco comum na maioria dos eletrônicos , o SIDAC é relegado ao status de um dispositivo de propósito específico. No entanto, onde voltagens devem ser mantidas baixas, como, por exemplo, em osciladores de relaxamento os SIDACs são necessários, e quando as tensões são demasiado baixas para funcionamento prático de uma centelha, o SIDAC é um componente indispensável.
              Dispositivos com características semelhantes, embora geralmente não funcionalmente intercambiáveis ​​com SIDACs, são os Thyristor Dispositivos de Proteção contra surtos (TSPD), TRISIL , SIDACTOR, ou o Surgector agora obsoleta.  Estes são projetados para tolerar grandes correntes de surto para a supressão de transientes de sobretensão.

PRINCIPAIS APLICAÇÕES:
High Voltage Lamp Ignitors
Natural Gas Ignitors
Gas Oil Ignitors
High Voltage Power Supplies
Xenon Ignitors
Overvoltage Protection
Pulse Generators
Fluorescent Lighting Ignitors

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Meu início de carreira


                                                      
                    Fiz meu curso de Eletrônica por correspondência. No final, recebi certificado de conclusão (Válido na China), uma chave de fenda teste (neon) e 20cm de solda de rádio. O importante é que embora as lições sempre vinham fora de ordem, compreendi bem a maior parte do curso. Apenas uma vez as aulas foram trocadas por falha técnica e eu tive que estudar 17 lições de jardinagem. Mandei fazer um carimbo e imprimir alguns de cartões de visita e distribui em pontos estratégicos. Minha maleta de ferramentas estava pronta: Um multímetro de R$9,99, um jogo de chaves de fenda que comprei numa loja de R$1,99 e que por sinal uma delas tentou me matar por duas vezes, alguns pregos, um ferro de solda que dava choques, durex e meia dúzia de anzóis. Comprei um chip para o celular e alguns dias depois consegui meu primeiro cliente. Eram 10Hs da manhã quando alguém ligou:
- Alô! É daí que conserta televisão?
- Sim (respondi)
- O meu televisor não quer ligar mais. Você pode dar uma olhada?
- Posso sim. Qual a marca do seu aparelho?
- Acho que é... é Samgsuga ou Panashiba! Pera aí, deixa eu ver direito... É Samsungo.
                   Isso não iria fazer muita diferença, qualquer que fosse a marca ou modelo eu teria que encarar e botar o bicho pra funcionar. E lá fui eu. Peguei o primeiro mototáxi para o centro da cidade - e quase foi o último. Enquanto ajeitava o capacete que fedia mais que raposa morta em beira de estrada, o infeliz das costas ocas do mototaxista arrancou e eu dei uma cabeçada tão grande na sua nuca que devo ter esquecido ali 90% do que havia estudado.
                   Cheguei na casa do Sr. Evilásio alguns minutos depois. Estavam todos na varanda me aguardando com grande ansiedade, inclusive um cachorro rabugento e tarado que tentou abusar de minha perna. Nunca tinha visto uma coisas destas! Sacudi ele para uma lado e para o outro até que o infeliz largou minha canela e rolou morro abaixo.
                   Agora, estava diante do paciente. Um Samsung  de 20 polegadas. Tentava enxergar os parafusos para abrir o gabinete mas a sombra das cabeças dos filhos curiosos e do pai curioso me atrapalhavam. Com muito custo e depois de ter quebrado alguma coisa que estalou quando abri, fui logo alertando:

-Cuidado pessoal isso aqui tem alta tensão, chega a mais de 600 mil volts - é melhor sair todo mundo aqui do quarto enquanto eu verifico o que está acontecendo.
                 Meu papo não resolveu muito. Eles me olhavam meio incrédulos e deram apenas um passo atrás. Mas logo iriam se convencer...
- Liguei a tomada e apertei o botão do power. O bichinho deu um clique e nada. Desliguei. Aguardei alguns segundos e abaixei a cabeça bem próximo para tentar ouvir de onde vinha o clique. Liguei e levei um terrível choque na orelha - e até na minha sombra na parede podia vê-la vermelha.
- Agora, a turma não só deu alguns passos atras como saíram todos do quarto me deixando sozinho. Já estava totalmente confuso. A cabeçada no mototaxista, o cão tarado e depois o choque. O que eu deveria fazer agora?
- verificar se tinha alta tensão?
- Sim, é claro, ouvi isto numa das lições do curso.
                 Peguei minha maior chave de fenda, e mesmo assim não tive coragem de aproximá-la da chupeta do tubo. Peguei uma vassoura que estava próxima à porta do quarto e prendi a chave de fenda no cabo. Com isto, ganharia uma distância de quase dois metros com o braço esticado. E lá fui eu... quando a chave já penetrava por baixo da chupeta de alta tensão, um infeliz abriu a porta com tanta força dando uma cacetada na parte de baixo da vassoura, que eu simplesmente atravessei o Tubo com a chave em meio a um grande estouro. PUUUMMMMM... Agora não estava mais sozinho . Quase todos os vizinhos já estavam na casa, e os que não entraram enfiaram a cabeça pela janela perguntando se havia sido o botijão de gás!
- Sem falar no cachorro tarado que latia igual a um desesperado... Respirei fundo e tentei manter o controle da situação...
- Calma!, esta tudo bem. Este tubo estava afetado pelo efeito estufa e tive que explodi-lo antes que alguém se magoasse.
- Não pode ter sido vírus? - perguntou um idiota na janela.
- Vou ter que leva-lo para minha oficina pois lá tenho mais recursos para diagnosticar.
                 Os meses se passaram, e após muita procura consegui outro tubo usado em uma oficina de TV. Enquanto isso, seu Evilásio usava minha velha televisão preto e branco que fazia sumir a tela quando tinha vontade.
                 Passava horas e mais horas olhando para a placa do televisor sem saber direito   o que fazer. Isso me fez lembrar a dor de cabeça que me deu quando desmontei o radio do meu tio e não conseguia mais colocar aquela maldita cordinha que mudava as estações (tive que adaptar uma manivela no gabinete)!
- Resolvi então medir todos os díodos. Foram dúzias e em cada 5 que media um parecia estar morto, mas ressuscitava quando soltava uma perna e media novamente. Liguei para o Suporte Técnico do meu curso via telefone. Expliquei ao sujeito o que estava ocorrendo...
- Quando aperto o botão faz um clique e não acontece nada, etc., etc...
                Dias depois chegou a resposta pelo correio: Experimente lubrificar o cano com óleo menos viscoso e certifique-se de esteja usando balas no calibre apropriado. O jeito era continuar tentando. Bom, os díodos estavam todos o.k.. Resistências? nem pensar! - iria perder noites e mais noites com tabela de cores. Vamos então para os transístores. Comecei pelos maiores, e foi aí que veio a grande inspiração! Um deles, um C447 qualquer coisa parecia ter ido a praia com óleo de bronzear e tudo. Mal dava para ler o valor. Comprei outro e troquei. Devo omitir aqui que estourei uma trilha com meu ferro de solda, mesmo porque consegui emendar com um pedaço de fio. Horas depois estava tudo montado. Liguei a tomada junto a um disjuntor, me afastei um pouco e liguei o bicho ainda meio tremulo. Parecia incrível, mas o led estava aceso. Corri para pegar a antena e liguei, e lá estava a imagem! - é verdade que ficou um pouco de lado, mas com um pequeno ajuste no pescoço do usuário tudo ficaria bem... Nesse meio tempo já tinha outros equipamentos na bancada, e o primeiro da fila era uma tv p&b de 5" que ainda vinha com radio, toca-fitas, relógio, etc... Mas isso já é outra história.

sábado, 3 de dezembro de 2011

Recurso Técnico #14

 

Teste rápido para verificação de funcionamento do setor horizontal dos televisores.

             Um procedimento bastante simples, rápido e eficiente para verificar se o oscilador horizontal de um televisor que utiliza flyback (aparelhos com tubo de raios catódicos-TRC) consiste em utilizar uma pequena lâmpada neon. Com o aparelho ligado, aproximando a lâmpada do flyback ela deverá acender, o que indica que o transistor de saída horizontal está comutando.

                 Lâmpada neon